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quarta-feira, 10 de abril de 2013

Divagando sobre minha pessoa


Essa foto foi tirada pela Isabela, ela ama fotografar...

Ando passando por umas crises existenciais, hahaha, deve ser os trinta chegando!

Há uns 4 anos atrás sofri com a Fobia Social, depois de encarar uma coordenação de uma escola, fato que me assustou tanto que literalmente cheguei ao pânico de sair de lá fugida - coisas de gente louca. Fui tratada, medicada, mas o que me fez sair da fossa e abrir literalmente as janelas da minha casa foi descobrir que estava grávida, isso fez com que eu superasse tudo pra cuidar da minha bebê.

Melhorei, fiquei bem e na segunda gravidez eu tive muito medo de ter depressão pós-parto, pois a Isabela era tudo pra mim e dividir minha atenção com outra criança que eu não conhecia, me angustiava. Mas tudo deu certo, Gigi veio em uma época difícil em que o pai só trabalhava e estudava em final de curso, mas eu aguentei firme, inclusive levantando às 5h30m todos os dias para preparar o café e o almoço que ele levaria estando em pós-parto, onde poderia me dar o direito de ficar na cama. Fui guerreira, assumo, amamentei duas, cuidei da casa, não tive ajuda de ninguém e nem contava com isso. É claro que os avós sempre foram presentes e me auxiliavam cada qual à sua maneira, mas não tive empregada, faxineira, babá, etc. 

Com o passar do tempo fui desenvolvendo uma certa impaciência e cobranças demais com relação à Isabela, parece que do nada meu bebê era uma adulta e isso começou a dificultar nosso relacionamento, eu sofria com isso, mas não controlava meus sentimentos de impaciência e irritabilidade. Procurei terapia e foi a melhor coisa que fiz por mim, por ela e por nós.

Depois precisei sair da terapia, e comecei a me sentir muito cansada com um sono terrível, procurei médico e constatou-se hipotireoidismo, estou tratando disso também. 

Porém as neuroses voltaram, de estar com casa sempre limpa, de receber visitas (não quero), de visitar as pessoas (não sinto vontade). Tem dias que eu gostaria de dormir um dia inteiro, ou pelo menos ter um tempo pra ler, que é algo que eu amo fazer e não consigo. Eu gostaria de ficar isolada, sem ver ninguém.
Me sinto sufocada, com um bolo na garganta parecendo que vou explodir. Sintomas físicos e psicológicos que estão me atormentando ao ponto de eu perceber que estou precisando de ajuda especializada. Eu sempre tive o bom senso de procurar ajuda com relação aos meus sentimentos.

Ao partilhar isso num grupo do face, percebi que as mudanças na minha vida foram tantas que estes sentimentos são normais, mas que precisam ser tratados. Recebi tanto carinho destas amigas (Gabriela, Graziela, Raquel e Andressa), que estou me reerguendo, mudando pensamentos destrutivos sobre eu mesma.

Foi olhando um Diário de Classe da Turma de Maternal II da qual eu fui professora em 2003, que eu percebi como eu era uma professora dedicada e não tenho vergonha de assumir isso. Com planejamentos bem fundamentados, caderno organizado, rico em conteúdo e atividades práticas, dinâmico, divertido.
Foi a primeira vez em muito tempo que olhei pra mim sem me criticar, 

pois tem sido assim ultimamente:

- Eu não valorizo meu empenho em cuidar de duas menininhas, eu me critico pelo que não consigo fazer e pela minha falta de paciência que tenho às vezes com elas.

- Eu não valorizo tudo que consigo fazer pra manter minha casa limpa e organizada, eu só vejo aquilo que não consegui fazer.

- Eu não valorizo o almoço que muitas vezes é preparado com uma puxando minhas pernas e outra chamando a toda hora, eu me cobro por talvez não ser pontual ou não ter ficado como gostaria.

- Eu não valorizo tudo que faço pra me manter saudável, eu me critico pelos deslizes que tive.

- Eu não me enxergo com amor, minha auto-estima é zero, nada em mim é bom o suficiente pra me agradar.

Preciso mudar essa visão que eu tenho de mim mesma. Preciso me cobrar menos, ser mais realista, ser menos chata...
Preciso melhorar por mim, pela minha família.

Já estou cuidando da parte fisiológica, com medicação e orientação médica, agora o mais difícil é a parte psicológica, mudar estas cobranças e estes sentimentos que tenho para comigo mesma e que vem desde sempre.
Espero poder contar aqui minha superação sobre estas dificuldades.


bjs

11 comentários:

  1. Querida Rita, eu não a conheço... Passei uma vez pelo seu blog e fiquei fã. Li desde o princípio e fiquei encantada com as coisas interessantes que você fazia, principalmente com as suas filhas, que são lindas! Toda a gente passa por momentos menos bons, nem toda a gente é de ferro, mesmo que possam aparentar ser. Ninguém é perfeito, aliás acaba por ser uma qualidade no ser humano, sermos imperfeitos. É isso que nos faz ser diferentes uns dos outros. Eu não tenho filhos ainda, mas sei que pode ser difícil ter duas crianças pequenas que lhe absorvem toda a energia... Mas não deixe se desvalorizar, se hoje não limpou o chão, limpa-se amanhã, em vez de querer fazer 20 coisas num dia, faça só metade. Eu também tenho alturas menos boas... Sabe o que faço? Desligo-me de coisas negativas, de pessoas negativas, de tudo o que não me faz sentir bem... E pratico yoga. Já experimentou? A mim faz-me sentir muito bem! Beijinho

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    1. Querida Mc Soph!
      Quanto carinho!
      Obrigada pelas palavras de ânimo. Yoga é algo que eu sempre tive curiosidade de fazer, valeu a dica!

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  2. Rita não a conheço mas tenho certeza que vc faz o melhor para suas filhas, para sua família, então tente aproveitar ao máximo a companhia das suas filhas. Eu sei bem que cuidar de criança acaba com nossas energias e paciência, mas será que você não tem com que deixar as crianças com alguém para ter um momento seu para ir pro salão, conversar com umas amigas etc, enfim algo que você goste.

    As vezes (não tanto quanto queria, mas sim o que possível) pago uma pessoa e peço para minha mãe ir lá para casa e saiu só eu e meu marido. Quando nós voltamos estamos renovados e pronto para aguentar novamente as sapequices da nossa turminha.

    Fica bem

    Tri-beijos Desirée
    http://astrigemeasdemanaus.blogspot.com.br

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    1. Querida Desirée!
      Acho que o que está me fazendo falta é justamente isso que você falou, um tempo pra mim sozinha e pra eu e o marido. Já conversamos sobre isto e vamos fazer algumas mudanças em nossas rotinas. Obrigada pelo carinho, te admiro triplamente. bjs nossos

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  3. Amiga, sei que para queme stá de fora falar é fácil, mas vou te dizer, você é uma guerreira, fez uma escolha que para muitas é muito difícil, e confesso que para mim seria com certeza, vc escolheu se dedicar a sua família e isso é admirável, tem que ter muita coragem e vc teve! Cuidar de uma casa, atender as necessecidades físicas e emocionais de duas filhas e um marido não deve ser nada fácil, ter que ser miolhares de pesoas em uma só e pelo que tenho visto, vc tem feito isso muito bem! Te admiro pra caramab e se um dia eu puder ser 10% da mãe q vc é, já estarei feliz! Todo o esforço que fazes hje, pode ter certeza será recompensado amanhã, qdo veres tuas filhas grandes, felizes, pessoas de bem! Cuida mais da RITA, se arruma, te olha no espelho e diz " Bom dia! Hje vai ser um ótimo dia! Eu me amo!" Pq qdo a gente se ama e valoriza, tudo a nossa volta fica melhor...olha para os teus sucessos, por menores que sejam! Aceita os elogios e acredita que são de coração! ( Os meus com certeza são!) Pq mereces todos eles! Te adoro lindona!!!! Beijão e já sabe, qlquer coisa sempre estarei aqui!

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    1. Querida Vanessa! Fui brindada com tua amizade. Você é muito querida. Realmente tenho que cuidar mais de mim, me gostar, pq aí o resto fica mais leve. Mais do que o excesso de peso, os "pesos de cobranças" são os piores. Me aguarde que estou mudando e assim que eu tiver bem, irei te prestigiar no Curso de auto-maquiagem pra aprender a ficar lindona! bjs querida e obrigada.

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  4. Rita, você é linda demais, por fora e por dentro, como estou percebendo conforme te conheço melhor. Te admiro desde que conheci seu blog, é visível o quanto você é uma mãe dedicada, e adoro me cercar de pessoas assim.
    Sabe que eu também sofro um pouco como você, minha auto-estima é muito baixa, e agora sinto que ela está se elevando. Mas no ano passado eu estava em um buraco, e se eu não tivesse procurado uma psicóloga e a ajuda de Deus, acho que eu teria entrado em uma depressão séria.
    Essas tuas considerações, que você marcou por ítens, no final, eu me identifiquei com cada uma delas. Eu também penso assim...mas hoje consigo enxergar isso e me esforço pra melhorar! Temos que ser mais positivas e ver o lado bom, se não fizermos isso com nós mesmas, não faremos com mais ninguém. E o pior: se continuarmos assim, imagina os filhos que iremos criar? Eles terão uma auto-estima péssima assim como nós! E nós não queremos isso pra eles, né?
    Amigo, torço muito por ti, você já fez a pior parte que é conseguir ver o problema e querer mudá-lo. Agora o resto não será tão difícil, você vai conseguir. Estou contigo, vamos batalhar juntas por isso!
    Amiga, me passa o teu email pra eu te adicionar no meu blog privado pra você acompanhar melhor o meu dia a dia, e irmos trocando idéias?
    Eu gosto muito de ti, e quero formar uma amizade boa contigo. Me identifico muito com você e acho que poderemos ser ótimas amigas, mesmo que virtuais!
    Uma ótima quinta-feira pra você, minha amiga!
    E ânimo, pois o fim de semana já está chegando!!!
    Beijinhos!

    www.asosmamaenadia.com

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    1. Ai Nádia querida!
      Como explicar amizades e carinhos assim?
      Obrigada por cada palavra, também me identifico muito contigo e nesses nossos papos virtuais cresceu um carinho enorme. Meu e-mail é ritareiseq@gmail.com. Ahh não te achei no face. Bjs

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  5. amiga,vc é uma guerreira. Não é fácil conseguir administrar filhos,marido,casa... Mas vc tem tirado de letrae ainda é uma serva de Deus. Parabéns amo vcs de todo coração. bjs Michelli

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    1. Michelli!
      Saudades dos nossos desabafos. Torço muito por ti, vc sim é uma guerreira, obrigada pelo carinho, beijos nas filhotas

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  6. Olá Rita!!!
    Sou a Mary e hoje acabei chegando aqui no seu cantinho, estava vindo do Panelaterapia e por aqui fiquei!
    Lendo um post e outro até chegar neste, que me identifiquei mais ainda com seu relato e seus anseios em transformar o que te incomoda. Bem se diz "Quem vê cara não Vê coração" ou seja vendo seu Blog, suas fotos e sua família, nem por alto pensaria tudo isso que escreveu... e por ser um pouco meio, quase igual à vc em na maioria de seus sentimentos de não fazer tudo que gostaria e de não valorizar da forma honrada tudo que já faz com grande desempenho e superação, Vejo que precisamos muito de auxílio médico e espiritual, medicamentos acertados e uma boa e profunda terapia é o caminho. Já passei nesta mata fechada, é a depressão também me pegou... e eu nem trabalhava fora, e nem tenho mais de um filho, ou seja parece que minha vida é uma moleza(para quem vê de fora) em 2005 tudo piorou, não dormia, só chorava, não queria sair e nem atender telefone... em 2006 descobri numa mamografia umas microcalcificações e tive que tirar..., em 2008 me peguei grávida sem esperar, fui pega num milagre de Deus... mas em 2 meses fui mergulhada nem abismo(meu anjo nem nasceu e foi para Deus)..., e voltei para terapia... hoje estou aqui me perguntando por que não não foi diferente, talvez eu não seria uma boa mãe como vc... Enfim Rita Querida, Vc é muito Especial para Deus, sua família te Ama Demais e quer vc bem com certeza!!! Então vamos lá, não podemos nos dar o luxo de desanimar, Somos Guerreira sim, cada uma na sua fraqueza encontra a Vitória dada por Jesus.

    Linda Semana, Bjs ♥

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